sábado, 10 de dezembro de 2011
DIÁLOGO UM TANTO QUANTO...
-O teu poema é uma aberração
-Não sei porque, faço de coração
--Mas gostas muito de falar de sexo
-Isso é normal, e sabes que tem nexo
-Porque não falas de uma coisa e tal?
-Que tal é essa coisa, como assim?
-Ah, sei lá de amor esclarecido
-Amor bandido você quer dizer?
-Não...amor ternura de gente madura...
-Mas é o amor que escrevo, leia...
-E por acaso tens esse amor na veia?
-Claro que sim, tenho esse amor em mim,
Meu corpo é chama inteiro de prazer
por isso escrevo, sempre, até morrer!!!
Dorothy de Castro
-
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
IRRESISTIVEL
Três imagens perturbam seriamente os homens.
1ª – A calcinha nos tornozelos.
2ª – A alça do sutiã deslizando pelos ombros.
3ª – O turbante na cabeça na saída do banho.
Formam a santíssima trindade de um relacionamento. Podem vir, depois, TPM, DR, sogra, que a gente aguenta. São paisagens domésticas, lindas, que indicam o quanto nos aproximamos do universo feminino. Se atingirmos a trinca com uma única mulher, nossos olhos estarão grávidos e casaremos. Aceitaremos casar.
A primeira cena sempre foi um fetiche dos amantes, momento derradeiro do sim. Tristes os casais que não se tiram a roupa, tristes os casais que se despem sozinhos e chegam prontos ao ato. Sexo promissor é strip pôquer, combinando desafio, provocação e malícia. Você tira a blusa dela, ela tira sua camisa, você tira a saia dela, ela tira sua calça. Já começam a relação se ajudando – um indício de cuidado e amor no futuro.
Quando uma mulher deixa, então, você baixar a calcinha, demonstra um absoluto voto de confiança. O melhor é quando a peça fica presa nos joelhos e ela levanta um pé de cada vez, como quem pula corda, para se desembaraçar por completo das vestes. Não há como resistir, trata-se de uma dança que culminará em longo abraço.
A segunda cena é sutil e não menos agradável. É coisa de café da manhã. Ela está com uma roupa leve, camisetão branco, muito diferente da produção da noite passada. Não sabe mais escolher como gosta dela; talvez perdeu a censura, talvez ela superou as expectativas. Descobriu que não há como pensar e sonhar ao mesmo tempo; e desiste de pensar. A deusa pega iogurte e sucrilhos. Você não é mais humano, mas uma câmera registrando os mínimos movimentos. Cliquecliqueclique. Na hora de sentar, o fio do sutiã escapa e o ombro dela brilha como a Pedra do Arpoador. O caimento da alça gera uma surpreendente declaração de fidelidade masculina. Assim como ela arrumaria sua gola torta, você cai na cilada e levanta a alça. Ela percebe que nada mais escapa de seu olhar. Você se importa muito com ela. Você é agora ela.
A última cena é a mais sublime. Ela não tem vergonha de sua avaliação, acostumou-se com sua companhia, permite que assista aos bastidores do espelho. Sua paixão sai do banho com uma toalha presa nos seios e uma enrolada nos cabelos recém-lavados.
Apesar de abobado pela intimidade, preste atenção na perfeição do nó da toalha da cabeça. É o cadarço que nenhum marmanjo aprendeu a amarrar, que nenhum escoteiro decorou, é o que fará uma mulher prender você a vida inteira.
1ª – A calcinha nos tornozelos.
2ª – A alça do sutiã deslizando pelos ombros.
3ª – O turbante na cabeça na saída do banho.
Formam a santíssima trindade de um relacionamento. Podem vir, depois, TPM, DR, sogra, que a gente aguenta. São paisagens domésticas, lindas, que indicam o quanto nos aproximamos do universo feminino. Se atingirmos a trinca com uma única mulher, nossos olhos estarão grávidos e casaremos. Aceitaremos casar.
A primeira cena sempre foi um fetiche dos amantes, momento derradeiro do sim. Tristes os casais que não se tiram a roupa, tristes os casais que se despem sozinhos e chegam prontos ao ato. Sexo promissor é strip pôquer, combinando desafio, provocação e malícia. Você tira a blusa dela, ela tira sua camisa, você tira a saia dela, ela tira sua calça. Já começam a relação se ajudando – um indício de cuidado e amor no futuro.
Quando uma mulher deixa, então, você baixar a calcinha, demonstra um absoluto voto de confiança. O melhor é quando a peça fica presa nos joelhos e ela levanta um pé de cada vez, como quem pula corda, para se desembaraçar por completo das vestes. Não há como resistir, trata-se de uma dança que culminará em longo abraço.
A segunda cena é sutil e não menos agradável. É coisa de café da manhã. Ela está com uma roupa leve, camisetão branco, muito diferente da produção da noite passada. Não sabe mais escolher como gosta dela; talvez perdeu a censura, talvez ela superou as expectativas. Descobriu que não há como pensar e sonhar ao mesmo tempo; e desiste de pensar. A deusa pega iogurte e sucrilhos. Você não é mais humano, mas uma câmera registrando os mínimos movimentos. Cliquecliqueclique. Na hora de sentar, o fio do sutiã escapa e o ombro dela brilha como a Pedra do Arpoador. O caimento da alça gera uma surpreendente declaração de fidelidade masculina. Assim como ela arrumaria sua gola torta, você cai na cilada e levanta a alça. Ela percebe que nada mais escapa de seu olhar. Você se importa muito com ela. Você é agora ela.
A última cena é a mais sublime. Ela não tem vergonha de sua avaliação, acostumou-se com sua companhia, permite que assista aos bastidores do espelho. Sua paixão sai do banho com uma toalha presa nos seios e uma enrolada nos cabelos recém-lavados.
Apesar de abobado pela intimidade, preste atenção na perfeição do nó da toalha da cabeça. É o cadarço que nenhum marmanjo aprendeu a amarrar, que nenhum escoteiro decorou, é o que fará uma mulher prender você a vida inteira.

O LACRE
Estou querendo adivinhar a porta
Que me conduza à casa onde moras
Estou por ti de amor já quase morta
Então porque amor porque demoras?...
Porque essa alma tua, tão malvada
Porque me negas beijos amor meu?
Não tiro-te da boca quase nada
Apenas quero em mim um gosto teu....
Posso querer as pernas entrelaçadas
Num tango de Gardel ou de Ravel
Minhas costelas podem ser quebradas...
Demônios e poetas se misturam
E trocam versos onde se torturam
E a tua porta pra mim.sempre lacrada!.
Dorothy de Castro Orgasmo poético..
Que me conduza à casa onde moras
Estou por ti de amor já quase morta
Então porque amor porque demoras?...
Porque essa alma tua, tão malvada
Porque me negas beijos amor meu?
Não tiro-te da boca quase nada
Apenas quero em mim um gosto teu....
Posso querer as pernas entrelaçadas
Num tango de Gardel ou de Ravel
Minhas costelas podem ser quebradas...
Demônios e poetas se misturam
E trocam versos onde se torturam
E a tua porta pra mim.sempre lacrada!.
Dorothy de Castro Orgasmo poético..
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
RAZÕES DE GAU...QUERENDO AS MINHAS RAZÕES
Gau:(DES) TEMPEROS DAS PAIXÕES
(Gau)
O que escreveria sobre ti?
Elogios e mais elogios só para satisfazer o teu ego?
Críticas sarcásticas, fecundas ou construtivas para angariar algumas vezes a tua ira e outras a tua admiração?
E, num destempero momentâneo dos nossos (a) casos o que diríamos um ao outro?
Somos filhos de Eros e Psiquê, simples mortais (in)conscientes, repleto de desejos engrandecidos de paixão?
Somos Raskolnikov e Sônia, vítimas de um crime e castigo, remorso e redenção?
Somos Otelo enlouquecido diante do “bom” amigo Iago?
Ou, são apenas loucuras e devaneios do nosso coração,
(pres)sentidos ao sabor (in) digestivo duma razão moralista decisivamente controladora?
Nos véus das paixões de verdadeiro valor, sem censuras e sem pudor,
ainda sonhamos com o brilhante mais esplendoroso e a pérola mais preciosa,
que se encontra no interior da concha eternamente aberta do nosso infinto amor!!!
(Gau)
O que escreveria sobre ti?
Elogios e mais elogios só para satisfazer o teu ego?
Críticas sarcásticas, fecundas ou construtivas para angariar algumas vezes a tua ira e outras a tua admiração?
E, num destempero momentâneo dos nossos (a) casos o que diríamos um ao outro?
Somos filhos de Eros e Psiquê, simples mortais (in)conscientes, repleto de desejos engrandecidos de paixão?
Somos Raskolnikov e Sônia, vítimas de um crime e castigo, remorso e redenção?
Somos Otelo enlouquecido diante do “bom” amigo Iago?
Ou, são apenas loucuras e devaneios do nosso coração,
(pres)sentidos ao sabor (in) digestivo duma razão moralista decisivamente controladora?
Nos véus das paixões de verdadeiro valor, sem censuras e sem pudor,
ainda sonhamos com o brilhante mais esplendoroso e a pérola mais preciosa,
que se encontra no interior da concha eternamente aberta do nosso infinto amor!!!
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
P R O T E S T O
Me dá meu samba,
Com meu direito de bamba...
Eu peço de coração...
Me dá meu samba,
De batuque e de alegria...
Meu samba de nostalgia,
"Não samba de profissão"...
Quero a cuíca soluçando
na avenida...
Meu amigo partideiro,
Com a voz toda
embargada...
Com raça e graça,
na praça...
Salve, salve,
meu pandeiro...
Me dá meu samba,
Da cabrocha que trabalha,
dia e noite na batalha...
Depois calçando a sandália,
Se desmancha na folia...
Quero o protesto,
Do artista, soltando a voz...
E se ninguém for por nós...
Morre o samba...e a alegria!...
Dorothy de Castro
Com meu direito de bamba...
Eu peço de coração...
Me dá meu samba,
De batuque e de alegria...
Meu samba de nostalgia,
"Não samba de profissão"...
Quero a cuíca soluçando
na avenida...
Meu amigo partideiro,
Com a voz toda
embargada...
Com raça e graça,
na praça...
Salve, salve,
meu pandeiro...
Me dá meu samba,
Da cabrocha que trabalha,
dia e noite na batalha...
Depois calçando a sandália,
Se desmancha na folia...
Quero o protesto,
Do artista, soltando a voz...
E se ninguém for por nós...
Morre o samba...e a alegria!...
Dorothy de Castro
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
VIAGEM
Oh! tristeza me desculpe
Estou de malas prontas
Hoje a poesia
Veio ao meu encontro
Já raiou o dia
Vamos viajar.
Vamos indo de carona
Na garupa leve
Do vento macio
Que vem caminhando
Desde muito longe
Lá do fim do mar.
Estou de malas prontas
Hoje a poesia
Veio ao meu encontro
Já raiou o dia
Vamos viajar.
Vamos indo de carona
Na garupa leve
Do vento macio
Que vem caminhando
Desde muito longe
Lá do fim do mar.
Vamos visitar a estrela
Da manhã raiada
Que pensei perdida,
Pela madrugada
Mas que vai escondida
Querendo brincar.
Senta nessa nuvem clara,
Minha poesia,
Anda se prepara,
Traz uma cantiga
Vamos espalhando
Música no ar.
Da manhã raiada
Que pensei perdida,
Pela madrugada
Mas que vai escondida
Querendo brincar.
Senta nessa nuvem clara,
Minha poesia,
Anda se prepara,
Traz uma cantiga
Vamos espalhando
Música no ar.
Olha quantas aves brancas,
Minha poesia
Dançam nossa valsa,
Pelo céu que o dia
Faz todo bordado
De raio de sol.
Oh! Poesia me ajude,
Vou colher avencas
Lírios, rosas, dálias
Pelos campos verdes
Que você batiza
De jardins do céu.
Minha poesia
Dançam nossa valsa,
Pelo céu que o dia
Faz todo bordado
De raio de sol.
Oh! Poesia me ajude,
Vou colher avencas
Lírios, rosas, dálias
Pelos campos verdes
Que você batiza
De jardins do céu.
Mas pode ficar tranqüila,
Minha poesia,
Pois nós voltaremos
Numa estrela guia
Num clarão de lua
Quando serenar.
Ou talvez até quem sabe,
Nós só voltaremos
No cavalo baio
No alazão da noite
Cujo o nome é raio,
Raio de luar.
Minha poesia,
Pois nós voltaremos
Numa estrela guia
Num clarão de lua
Quando serenar.
Ou talvez até quem sabe,
Nós só voltaremos
No cavalo baio
No alazão da noite
Cujo o nome é raio,
Raio de luar.
I N V E J A
..Eu me invejar da lua?
Eu não...mais fácil ela me invejar...
Ela distante do sol que ama...
Que atravessando o céu por ele chama...
Sem uma chance de se encontrar...
Eu ao contrário, aqui contigo...
Te chamo amor, te chamo amigo...
Te beijo a boca mesmo se for...
Beijos azuis ...nosso computador!!!
Dorothy de Castro
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