domingo, 26 de fevereiro de 2017

Queria o mundo aos seus pés E o meu peito de encosto Pra sua cabeça deitar Queria tudo, não pude Quis, pois, a vida bem menos Nos afastar ela o fez E agora sigo em meus passos Derramo versos tristonhos (EB) O POETA DAS ROSAS

NO MEU CAMINHO Vou seguir o meu caminho Bem certinho, vou segui-lo Caminhando no sentido Rente ao leito desse rio Conversando com amigos Só, levando minha vida Vou com ela no pensar Com a amada que se foi Sendo a trilha mais comprida Como as noites, mal dormidas Vou teimar com essa vida Caminhando simplesmente (EB) O POETA DAS ROSAS

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

SOBRE FLOR...BELA!

Uma mulher de forte personalidade que buscou seus sonhos, seus amores, sofreu com suas escolhas, como muitas de nós.
Florbela Espanca estava muito à frente do seu tempo. Não se importava com política, não levantava nenhuma bandeira feminista, só queria viver a própria vida. Amargou injúrias da sociedade portuguesa da década de 20 por viver de igual para igual com os homens. Casou três vezes, teve seus amantes e se definiu como poeta numa época em que essa palavra só pertencia ao gênero masculino (regra até hoje mantida por algumas revistas e jornais brasileiros).
Florbela Espanca era muito intensa. Não cabia nela mesma. Embriagava-se com a vida, mas a vida não lhe bastava. Ela mesma se definia como insaciável e dizia que se cansava até de desejar. E toda essa intensidade é vista na sua obra, repleta de metáforas, cores, cheiros, que nos dão a nítida impressão do que ela estava sentindo naquele momento e só podia compartilhar com uma folha de papel, em seus descosidos monólogos.
Com tamanha angústia na alma, agravada pelo suicídio do irmão Apeles, somada aos problemas crônicos de saúde (colite, apendicite e outras “ites”), ela decide dormir eternamente. Escolhe o dia e a hora dos seus 36 anos, às 2 horas da manhã do dia 8 de dezembro de 1930, para tomar overdose de Veronal, remédio que passou a usar para combater a insônia que a atormentava desde criança.
MA\S INDA VIVE EM NÓS, POETAS ATORMENTADAS DESSE SÉCULO!
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domingo, 5 de fevereiro de 2017

Sou libra, do signo do ar, do equilíbrio, que prima pela razão ainda que com se harmonize. Quando se há algo importante esse é o fiel da balança. Quem me conhece sabe. Sou regido por esse signo e em tudo que faço apenas por isso eu ajo. Sou libriano, apenas sou quem sou. (EB)




JUSTIFICATIVA
ELA- Não me amas mais, agora sei
ELE- Te amo, te amarei por toda vida
ELA- Não creio, pois, me deixas só e triste
ELE- Também a mim eu deixo, meu amor primeiro
Não crês que tua tristeza é minha, mas eu sei
Que sofro co'a angústia de quem não mais terá...
Desculpa-me se a fibra, aquela, já me abandonou
E se já não reina o meu sonhar de infante
Por precisar seguir com as duas mãos na dor
Pois, que a vida, a tirania atroz, já nos afasta os corpos
Crê, se tu puderes que por ti esperei
Mataste aquele menino ao construíres o homem
Te falo num lamento, num poetizar doído
Perdoa-me por fraco não ter sido bom

(EB) O POETA DAS ROSAS
 
Amor não tem idade. Design by Exotic Mommie. Illustraion By DaPino