sábado, 21 de setembro de 2013

CANA DURA



E u bebo pinga
E bebo na moringa
Não bebo no copo
Porque cabe pouco
E quero ficar louco
Se alguém me xinga
Porque bebo pinga
Eu não ligo
E ainda digo:
Queria que eu comesse?
É líquida a danada
E sendo pingaiada
Eu bebo com prazer
Eu gosto de beber
A cachaça é gostosura
Com limão ou mesmo pura
Não me venha com mandinga
Deixa eu beber minha pinga!

Dorothy de Castro

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

DA CHEGADA DO AMOR(eLISA LUCINDA)

DA CHEGADA DO AMOR

Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.

Sempre quis uma amor que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.

Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse. 

Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.

Sempre quis um amor cujo
BOM DIA!
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.

Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse.

Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.

Sempre quis uma amor
que não se chateasse
diante das diferenças.

Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.

Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.

Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.

Sempre quis um amor
de abafar,
(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.

Sem senão

Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.

Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.

Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.

Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.

Sempre quis um amor não omisso
e que suas estórias me contasse. 

Ah, eu sempre quis uma amor que amasse.

ELISA LUCINDA

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Visto que, Pensamentos e Reflexões é uma comunidade onde se apregoa coisas religiosas e textos do evangelho... não vejo porque vc estar me mandando in-box, uma imagem de dois corpos nus (?)
Qual é a sua, cara? me diga! Ass. Dorothy de Castro

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

EVIDÊNCIAS



Quando nascer em mim a primavera
Todos irão notar as evidências...
As borboletas de asas multicores
A disputar com lindos beija-flores
O mel amarelinho...
E os pássaros em doces vai e vem
Farão seus ninhos agasalhando o bem...
Enquanto pombos arrulham nos telhados
Os gatos em seu cio deslumbrante
Estarão miando de amor!
E aí... Já era!
Terá nascido em mim a primavera!

Dorothy de Castro

terça-feira, 3 de setembro de 2013

CINQUENTA TONS LILASES



Ser submissa ao teu desejo é o que desejo
Desde que em versos me pratiques tudo
Que me atravesses flechas de veludo
Meu corpo nu anseia por teu beijo...

Esqueça as regras desse jogo louco
Venha escrever em mim meu domador
Te empresto algumas rimas desse amor
Façamos do meu jeito mais um pouco...

Eu tenho a sua manha em minhas mãos
Sei ler quando rabiscas poesias
E os meus rabiscos lembro quando  lias...

Cinquenta desses tons são submissos
Cobre-me o corpo e tudo  que me trazes
São panos roxos quase que lilases!


Dorothy de Castro








domingo, 1 de setembro de 2013

DÁ-ME SETEMBRO





Dá-me a beleza das flores, dos ramos. dos galhos...
Dos orvalhos deixados pela chuva que caiu,
Ontem à tarde depois de uma tristeza...

A natureza pede a floração no fundo dos quintais
E pede mais e pede se me lembro
Um ardejante setembro numa espera...

Que a primavera promete em  recitais
Pintadas telas belas por demais
Venha setembro em ninhos coloridos...

De pássaros vencidos por trinados
Na sedução do canto apaixonado
No mês do amor... Da flor no  meu vestido!


Dorothy de Castro

 
Amor não tem idade. Design by Exotic Mommie. Illustraion By DaPino