quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A MORTE EM CORDELANÇA






Serena veio a morte
Por fim à minha vida
Sem arranhão nem corte
E nem bala perdida...

Calada e  silenciosa
Sentou´se à minha frente
Me deu algumas rosas
E um colo muito quente...

Pedi para rezar
Se houvesse um tempo é claro
No céu quero chegar
Dos anjos tendo amparo...

Falou comigo a dona
Chegou a tua hora
O mundo está uma zona
Vou te levar embora...

Não teve dó nem pena
De mim que não sou nova
Pensei usar por tema
Fazendo ultima trova...

Não é certo essa megera
Me levar sem dar aviso
Justo agora primavera
Eu poeta e sem juízo!

Dorothy de Castro


domingo, 13 de outubro de 2013

PRIMEIRA ESTROFE







"...Que não se apague nunca meus encantos
E as fantasias que tens comigo meu amor...
Que eu te ofereça o riso e nunca o pranto
E seja tua sempre a minha flor!" 

Dorothy de Castro

terça-feira, 8 de outubro de 2013

PÉ NA BUNDA




"...Talvez um pé na bunda te convença

Que ter a bunda grande não compensa

Melhor seria ter uma bundinha...

E assim quando o palhaço te chutasse

Quem sabe aquele pé sujo quebrasse

Porque  bundão nem morta você tinha!"



Dorothy de Castro




FILHOS DOS ASTROS









Redonda a lua, grávida do sol
Sem mesmo ser tocada por seus raios
Mas o poeta viu esses arroubos...
Espera agora os filhos dessa lua
Que hão de uivar como pequenos lobos...

Tudo acontece no arrebol do espaço
À noite  bordéis celestiais se abrem
Libidinosa é a danação dos astros 
Crescendo a lua a carregar no ventre
Os filhos que o poeta imaginou...

Nascem agora no lençol do espaço
Filhos do sol e da formosa lua
E caem lá de cima num abraço
De raios de luar na rua triste...
Emocionado o poeta assiste!


Dorothy de Castro

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

LAVADEIRAS




Na bica da ribeirinha
Lavam roupas as mulheres
Lenços brancos na cabeça
E Fados lhes saem da boca...

Tem amor de mentirinha
Na bica da ribeirinha
Tem sol pra secar a roupa
E grama para quarar...

Os mancebos atentados
Rondam a bica de novo
Querem beijos cantam Fados
E as mulheres lavam roupas...

Se encanta na bica agora
Ouve Fados encantados
Dobrando a roupa branquinha
Mulheres na ribeirinha!...


Dorothy de Castro


TROVANDO NO FACE

TROVAS

  • Ser poeta tanto faz
    Todo mundo acredita
    Vem com tudo meu rapaz
    Faça uma trova bonita (DC)




  • Escrevo tudo que quero
    Quero tudo quanto escrevo
    E chega de lero-lero
    As trovas são meu enlevo (DC)
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  • Tenho dó de quem escreve
    Batatinha quando nasce
    Sempre escorrega na neve
    Bem melhor se capotasse (DC)




  • Quando era bem pequena
    Eu tinha um grave defeito
    Da galinha tirar pena
    Mas isso com muito jeito (DC)



    • Dorothy Castro Alvarenga


  • Deixam a bunda de fora
    Mas não querem ser notadas
    Uma delas... até chora
    Será que a calça é furada? (DC)



  • Mocinhas dessa cidade
    Usam roupinhas da hora
    Pra maior comodidade
    Deixam a bunda de fora )DC)

    Dorothy de Castro

sábado, 5 de outubro de 2013

"ULTIMO DESEJO"



Quando um perfume lembra
O ópio desvairado de uma rosa
Eu te desejo...


Quando essa rosa perfumada fala
O que o poeta diz que ela não fala
Eu te desejo...

Quando a lembrança grita em mim
Das noites encantadas de nós dois
Eu te desejo...

Quando porém já nada mais restar
E tudo que eu te der já for demais
Não te desejarei mais...


Dorothy de Castro

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

VERSO CALOURO



Ah, vento! Me ouça agora
Eu falo apenas de amor
Mas não sou flor  predileta
Eu sou poeta somente
E de repente...Essa dor!

Sou a que chora aflita
E nem bonita eu sou
Por mim passou a vida
E a desmedida sorte
Já não sou forte!

Teu sopro vento...
Como um lamento na boca
É de uma louca o choro
Verso calouro início
Poema escrito no hospício !

Ah, vento! Ah vento...


Dorothy de Castro

 
Amor não tem idade. Design by Exotic Mommie. Illustraion By DaPino