O ultimo verso, não fala de despedida
Nem de saudade,nem do beijo que não foi dado
Impedido talvez, pelo gelo dos lábios,
Nem do aperto de mãos frias e rugosas.
Não fala também do olhar opaco,
Sem brilho...
Nem do branco prateado dos cabelos.
Não fala do lençol descorado
e roto pelo tempo,
De tanto esfrega-esfrega
de corpos se roçando.
Tampouco fala do amarelado dos dentes
Que o tempo empresta ao velho,
Nem da tristeza contida,
nos dias frios de inverno.
O ultimo verso, fala de mim.
Dessa vontade imensa, que tenho de vencer...
De deixar algo que não seja só o meu nome.
Nem sómente o vermelho,
Minha cor preferida
E também o meu jeito de dizer impropérios,
Ao mesmo tempo que sou apaixonada por Deus!
Meu ultimo verso, vai ficar
e alguém vai ler,
E só por isso, já valeu te-lo escrito,
Aqui, hoje, sentada no calçadão,
Com medo que seja êsse...
O meu ultimo verso!!!
Dorothy de Castro(do livro Orgasmo Poético)
domingo, 30 de agosto de 2009
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