quarta-feira, 25 de março de 2015
VERSO SIMPLÓRIO
Quando o silêncio dorme na tapera,
Que encolhidinha e triste ainda espera...
O sertanejo que nunca mais voltou....
A porta então se fecha sem tramela,
Chora a tristeza porque dentro dela,
Só a saudade entrou e ali ficou!
Dorothy de Castro
domingo, 22 de março de 2015
AMOR
Quero um amor alucinado, depravado, tarado.
Amor inteiro, de corpo-a-corpo, enlaçados.
Amor sem reserva, que a tudo se entrega, lancinante.
Quero você assim, abrasada, pedindo gozo,
Eriçada, ronronando feito gata, tesuda.
Seus seios túmidos, me furando o peito.
Quero você, pentelho contra pentelho, roçantes.
Carne encravada na carne. Bocas coladas,
Babadas, meladas, sangrando sufocadas.
Quero amar você tão bichalmente que urremos.
Eu, penetrando rasgando. Você me comendo furiosa.
Nós dois fundidos, unidos, soldados.
Você e eu, nós dois, sós, neste mundo dos outros.
(Darcy Ribeiro)
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