sexta-feira, 26 de abril de 2013
LASCAS
Como sentisse o frio da nevasca
Meu corpo treme num revés sofrido
E a transparência fina do vestido
Faz ver a carne lacerada em lascas...
Pensei no rio atravessando o leito
Acalentado livre do complexo
De não poder do mar ter o reflexo
De não sentir tremores em seu peito...
Pra tudo haja então explicações
A falta imensa do amor fraterno
Peso do ódio entre céu e inferno...
Fosse por mim geradas emoções
Quase sem ego que de volta entre
Beber da infância a água do meu ventre!
Dorothy de Castro
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