Havia algumas pessoas na sala; conversas variadas, meus parentes vindos de outras cidades... tantas novidades. Era festa na pequena cidade, e dava gosto ver mulheres vestidas de seda estampada de rosas.
Pensei comigo:- que glamour! o que foi que eu disse? glamour? coitadass, nem sabiam o significado dessa palavra... mas eu sabia. E sabia também da vontade de me arrumar mais que todas pra conseguir o que queria...Pegava fogo, no rosto, nas mãos e principalmente entre as pernas... pensava naqueles homens lindos e guapos que estariam na praça, logo mais à noite, ah, eu tinha que chamar a atenção de um deles. Estava carente de atenção, de sexo bom! Claro que eu era casada, mas não era sossegada, não era "capada" como se dizia por essas bandas...Um marido chocho, frio, preguiçoso, era isso que eu tinha atrelado nos meus quadris... E o sangue fervia mais que o caldeirão de doce lá no fogão.
As mulheres se arrumavam pra missa das sete, e eu me arrumava pra cantoria da praça! Não sei de onde vinha tanta libido, mas eu tinha muita, se tinha! A noite desceu, e fomos pra festa... Eu parecia mulher dama de facho acêso, decote ousado, boca vermelha e até lápis no olho! Perfume bom nos pulsos e pronto... Lá ia eu de braços dados com o esposo. O esposo de tanto tempo que não sabia a extensão do meu maldito tesão!
Rodopiava na pracinha, com medo danado que alguém desse na goela percebendo meus olhos esticados, lá no palco, naquelas calças saradas, ai meu Deus , e viva os cantores com suas vozes doces e românticas... salvem-me quem puder!!!
Dorothy de Castro- Autora Orgasmo Poético
sábado, 22 de janeiro de 2011
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
DE TI PRA MIM ( 10/01/2011)
Teus pêlos nos meus pêlos.
Meu suor no teu suor
Nos cachos de teus cabêlos
As coisas que sei de cor.
Amor anjo, o amor maior
Eu anseio tanto tê-lo
sinto-o agora ao derredor
Grudado em mim como selo.
Te quero, sinto-a perto
Nesta certeza decerto
Não sei qual será o fim
Mas vou decobrir é claro
Porque eu sei que é raro
Um momento belo assim
Jenário de Fátima.
Meu suor no teu suor
Nos cachos de teus cabêlos
As coisas que sei de cor.
Amor anjo, o amor maior
Eu anseio tanto tê-lo
sinto-o agora ao derredor
Grudado em mim como selo.
Te quero, sinto-a perto
Nesta certeza decerto
Não sei qual será o fim
Mas vou decobrir é claro
Porque eu sei que é raro
Um momento belo assim
Jenário de Fátima.
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