sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

SOBRE FLOR...BELA!

Uma mulher de forte personalidade que buscou seus sonhos, seus amores, sofreu com suas escolhas, como muitas de nós.
Florbela Espanca estava muito à frente do seu tempo. Não se importava com política, não levantava nenhuma bandeira feminista, só queria viver a própria vida. Amargou injúrias da sociedade portuguesa da década de 20 por viver de igual para igual com os homens. Casou três vezes, teve seus amantes e se definiu como poeta numa época em que essa palavra só pertencia ao gênero masculino (regra até hoje mantida por algumas revistas e jornais brasileiros).
Florbela Espanca era muito intensa. Não cabia nela mesma. Embriagava-se com a vida, mas a vida não lhe bastava. Ela mesma se definia como insaciável e dizia que se cansava até de desejar. E toda essa intensidade é vista na sua obra, repleta de metáforas, cores, cheiros, que nos dão a nítida impressão do que ela estava sentindo naquele momento e só podia compartilhar com uma folha de papel, em seus descosidos monólogos.
Com tamanha angústia na alma, agravada pelo suicídio do irmão Apeles, somada aos problemas crônicos de saúde (colite, apendicite e outras “ites”), ela decide dormir eternamente. Escolhe o dia e a hora dos seus 36 anos, às 2 horas da manhã do dia 8 de dezembro de 1930, para tomar overdose de Veronal, remédio que passou a usar para combater a insônia que a atormentava desde criança.
MA\S INDA VIVE EM NÓS, POETAS ATORMENTADAS DESSE SÉCULO!
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