terça-feira, 6 de agosto de 2013

CARINHO DE LUCAS MUNHOZ

Décimas da volúpia

I

Para o vosso tesão, co´a musa nua
Toda a dança lasciva entre volúpia
No corpo da delícia que flutua,
Atena, a deusa ardente que o som ria!
O rosto do palor, n´água do mar
Eis as nuvens banhadas, que erotismo!
Olho-te o corpo nu no romantismo.
Os amores do Céu e a orgia ao lar
O riso deletério e molhadíssimo
Com teu cabelo roxo e perfeitíssimo.

II

Ó mulher ardentíssima e fogosa!
Que aos desejos amáveis e às mulheres!
Cabem-lhes a luxúria deleitosa,
Vênus, as deusas nuas em prazeres
Os beijos sensuais e femininos,
A alcova do desejo que elas amam
Teu nome perfumoso que lhe chamam
Ao bem-querer do amor, os seios finos
Flores, vinho e perfume com amores,
Como as moças formosas sem pudores.

III

Depois, a casa inteira das amantes,
Louca, bela e amorosa que se sente
Todos os olhos ébrios e possantes
Em que se mexe a língua morna e ardente
Eva, com pouca veste e pernas finas
Em corpo da ardentia pura e intensa
Que excita a tua musa linda e pensa
As orgias das danças femininas,
Foram a Ilha de Amores e dançaram
Buliram com volúpias e beijaram.

IV

Ao menos... Ai que tarde! Ó fim da noite!
Quando mesmo acordarem pela areia
Júpiter inda bate sobre o acoite;
Apesar da braveza, mas enleia.
Ei-la perversa e lúbrica, bramindo
As Ninfas das paixões querem amá-la
Que seduzam a bela atrás da sala
que as lindas deram medo, pois ouvindo
Dar-te à lubricidade sem roupões
Beijam-se inteiramente, em corações.

V

Na vossa lealdade sensual,
Que vós tentais bulir o vosso banho
Marte, a amante quentíssima e carnal
Sempre posso beijar-te e não apanho
Tão quente e sedutora ao impudor
Tua boca vermelha que me beija
Co´o delírio e prazer que me deseja
Lambe-me ardentemente, todo o amor
Transforma-se em Vaidade pervertida
As Ninfas amorosas para a vida.

VI

Os Céus sempre cansado e dormentes
Quão triste foste, o Zeus pelo lamento
Os anjos eram puros e inocentes,
Certo, as Musas sofreram em tormento
Lembraste-te, o meu rei... Os teus desejos
Viste o Amor proibido e assim soubeste
As Deusas imorais, quando perdeste
Querias expulsar, com teus ensejos
O puro coração que te trazia,
Um raio do fulgor dum novo dia.

VII

A moça com joelhos ardorosos,
Fecha-se as pernas úmidas ao gole
Tua cantada aos deuses amorosos
Que deleita, seduz e antes engole...
Da mão que agarra o seio no teu bico,
Teus desejos ardentes e excitados;
Teus banhos calorosos e molhados
Sem veste, inda molhada ao quarto rico
Linda Celeste, a Ninfa do prazer
Para os beijos picantes com mulher.

VIII

Ó vergonha do deus! Quanta tristeza!...
Raivoso, bravo e pálido, sem alma
Que o Zeus mande uma luz inteira e acesa
Todo mundo lhe avisa toda a calma
Os soldados e as armas em batalha
As asas, os guerreiros e a atenção
Na magia brilhante da visão,
Quando o soldado lúcido trabalha
Chegam ao meu museu grego e admirável
O louco imperador, que miserável!

XIV

As maiores vitórias dos guerreiros,
Em asneiras do estádio, que eles gritam
Co´os malditos senhores e veleiros
Tão loucos e malvados, que eles fitam
Ó Lasciva da Ninfa, a porta aberta!
Esses lábios molhados e vermelhos
Lambe, e a dança fogosa sem espelhos
Os goles dos quadris que ela inda aperta
Em Musa da Nudez, antes ao vê-la
Ó grito do festim, a grande Bela!

X

O deus há de pedir que prende a musa,
As belas choram tanto, porém tristes
O romano Cesar se esconde e abusa
Pra que tentas o amor carnal e existes?
Na forte perversão da tentação;
Os deleites carnais co´a jovem linda
A alta imoralidade que pega inda!
Todo o prazer da dor, pela prisão
Que maldito senhor, mas tens maldade?
Palores e loucuras, em verdade.

XI

Euterpe, a deusa lírica e inspirada
N´água da Ilha do Lesbo em musas nuas
As danças arabescas pela amada,
Co´os cabelos banhados, canta as Luas
Os amores pagãos do puro gozo
Que se amam carnalmente pelos rios,
Os sonhos da loucura com delírios
O desejo quentíssimo e amoroso
O céu da sala rara ao teu luzir
Atena fulge a casa antes de vir.

XII

Ó deuses invejosos! Que elas chegam!...
Tua ira perigosa, o Olimpo expulsa
As belas imorais não lhes apegam,
Vejo que ela se sente o choro e pulsa
O teu peito pulsante, Euterpe chora!
Por vós, queridas deusas... Que chorastes?
Que soubestes chorar e lamentastes,
Quando ias apagar o Céu da aurora
Atena lamentara, com mudança
Sem amor, que perdia essa lembrança.

XIII

Para o velho lugar enquanto fica,
Que as amigas das lágrimas mui dóceis!
Uma casa vazia, sem ser rica;
Que em Apolo e Nereu, após as leis
As flechas e os espíritos dos anjos,
Os ataques lendários entre as virgens
Senhoras, os perigos em vertigens;
A tua alma da Lua, o anjo dos banjos
Sabes que elas invejam os teus sons
O deus ataca as musas co´os meus tons.

XIV

As almas mulheris e assassinadas
Sempre mui dolorosas, sem ajuda
Sem amores lascivos, as Amadas
O que pedis, em vós, a Deusa aguda
Dos olhares chorosos e vazios,
Co´os sangues totalmente brutalíssimos
Que as deusas deram choros pesadíssimos
Em perigos de nós, dentro dos rios
São vesgas e tristonhas para a morte
Zeus consegue cegá-las, o deus forte.

XV

Nada d´alma devassa, nua e impura
Dinamene, a paixão das tuas moças
A outra morada, assim que a dona jura
Aquela lealdade d´Eva, as roças
Portanto, para amá-la com beleza
Sem azo, pelo beijo das autoras
Como Safo, a mulher bela; que adoras
Certamente, a volúpia da impureza
Os abraços molhados e perversos
A autora ama compor os lindos versos.

XVI

Que enleio apaixonado e solitário,
Dalguns comportamentos das esposas
Sem vida, sem emprego, sem salário!
- E eu choro que a famosa escreve prosas!
A linda prosadora das rainhas;
Ela ama, beija, agarra e se comporta
D´hora co´a tua Vênus, quem se importa?
Safo, que me entendias quando vinhas
Tuas donas fogosas com nudez,
Beijavas umas Ninfas pela vez.

XVII

Elas lambem contornos co´as donzelas
Apetites carnais que se lambuzam
Vós matais-me de fome, as minhas belas
Perversamente ardentes que seduzam,
O acoite e a fantasia, com desejo
Os banhos femininos d´Amor puro
Beijem-se carnalmente, o Gozo impuro
O Céu das Perversões aquele beijo.
As amantes Euterpe, Ninfa e Atena
O amor é sedutor do que uma pena.

XVIII

A grande poetisa que promete?
Vês o mesmo sentido em Musas lindas
Dá-te aquela paixão, ela compete
Que entres e beijes nelas pelas vindas
O revelo amoroso dos momentos,
Sabes que eu amo as ningas, mas te adoro
Tens cheio de paixões e encantamentos.
Viro Homero também, os versos gregos
Que eu escreva os sonetos, não são cegos.

XIX

Os raios e as magias assinados,
D´as jovens Lusitanas, com anseio
Quem elas conheceram os amados.
O maldito Senhor vê onde eu leio,
Abre as nuvens do céu e manda os mantos
Depois eles atacam as guerreiras
Hades tenta prendê-las, com que queiras
O inferno da maldade, quantos prantos!
E os outros voltarão, mas Zeus verá
As presas sofrem mais, que o amor não dá.

XX

Co´o perigo da dor aos desamores,
Atormentas a fome da pobreza
És uma deusa mísera com dores
Que olhas esse romano da beleza!
Só deus pode matar como o bastardo
Sangue do grande vil por esse dano,
O romano infeliz, bruto e profano
Que a musa apaixonada perde o fardo
Quantos choros perdidos das perversas!
Choras inteiramente, como versas?

Lucas Munhoz

0 comentários:

Postar um comentário

deixem seus comentários

 
Amor não tem idade. Design by Exotic Mommie. Illustraion By DaPino