quarta-feira, 12 de outubro de 2011

DENTRO DESSE ATEISMO...UM POUCO DE ROMANTISMO


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O EVANGELHO DO DESERTO

Ó,homens e mulheres de pouca fé.!Por que adorais um Deus vingativo, arrogante e acima de tudo ciumento, querendo ser amado a toda hora? Que permitiu que o filho morresse na cruz , porque queria espalhar o amor no mundo e o Deus que criou este mundo de trevas quer mesmo é o ódio e a guerra entre pessoas e nações? Eu falo do deserto e não compreendes ? Que o projeto desse Deus rancoroso fracassou e ele quando viu que Jesus ia queria consertar o erro entregou-o aos que o crucificaram ?
Ó, homens babacas. Ainda não entendeste que a milenar guerra entre homens e mulheres – as incompreensões, separações, agressões – faz parte do erro biológico da criação desse deus louco que se recusou a ser derrotado pelo filho? Desafio qualquer um a encontrar na boca de Jesus qualquer referência ao Jeová do Antigo Testamento. E o Jeová nos mantém dominados através do DNA. Três por cento criado por ele, que se diz Deus, 97 por cento lixo completando o DNA. E as mulheres e os homens NUNCA se entenderão, sobretudo na época atual, do silicone nos peitos, bundas e corações femininos.
O coração não mais transborda. Se não rolar a química, a mulher rejeita. E mesmo se rolar, irá em busca de outras químicas. O coração é o disfarce do desejo puramente animal. E falo das mulheres porque nós, homens, já somos decadentes e dominados há muito tempo. Somos os sub-seres deste sub-planeta da periferia de uma sub-galáxia.
Tudo isso aprendi no deserto, onde vivo recluso, isolado, só. Silencioso. Cioso do silêncio.
Só. Estou tão só. Só restou o silêncio e no meu peito um nó. Eu que amei loucas e mulheres que se fingiam comportadas, que ousei enfrentar a ressaca dos olhos de uma Capitu brasileira e uma Capitu cubana. Mas mesmo querendo ser um eremita, me lembro do teu corpo, mulher, na minha imaginação apaixonada, nas miragens que vejo, enquanto a areia me lembra o pó, e o vento me lembra o éter, e como ficávamos dias e dias, rindo ao reler, felizes ,a frase dos Sermões do Padre Vieira : “ a mim não importa o pó que vou ser. E sim a qualidade do pó de agora ”. Grande Padre Vieira, meu mestre e profeta. Nesse meu delírio, te procuro, mulher , querendo que tragas o cheiro de maresia dos pelos entre tuas coxas, tua fenda se abrindo como a fenda que está dividindo a África em dois continentes, tuas coxas, teus arrepios nos toques sempre ousados e renovados. E que eu volte a te dizer :"Te amo tanto; e aqui no deserto o fim do definhar me fez meditar pra começar tudo de novo, quando você voltar”.
RobertoDoDeserto

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