domingo, 28 de fevereiro de 2010

CONTO DE UM CONTO

Era um dia como outro qualquer.Santinha saiu de sua casa,para o passeio costumeiro pela cidade, quando em uma de suas voltas deparou com um cartáz, pregado em uma vitrine; Concurso de Conto !... foi ai que o mundo rodou em sua cabeça. Na mesma hora num rápido impulso, fez que retornasse à sua casa e neste ímpeto germinou a idéia de contista, voráz, agressiva, e pelo trajeto, o coração vinha sofrendo uma taquicardia e a corrente sanguinea subia e descia, ora vermelho, ora amarelo fazendo Santinha ter os pensamentos desordenados; - e a sua máquina de escrever ia ter utilidade, sonhava com a sua participação brilhante,, com a retórica, as palavras difíceis que iria empregar, seu nome citado pela comissão, e ela desconhecida, dentre a multidão, levantava com seu vestido novo, de porte de senhora e caminhava pela estreita orla do salão nobre e escutava os cochichos dos presentes, quem será essa desconhecida? nunca a vi na cidade, talvez seja de outra cidade... ou já vi essa cara pelas ruas? Quando a vóz melodiosa de seu irmão chamou-lhe: Santinha o que faz você à cinco minutos parada no portão, com esse  sorriso estranho?...Seu irmão não tinha alma sonhadora, mas ela o fazia muito bem e muitas vezes, até chegava à ser real. Entrou em sua casa e foi direto para sua máquina de escrever, toda empoeirada, colocou o papel amarelado pelo tempo, e pôs-se à pensar sobre que tema iria escrever, milhões de idéias esvoaçavam, nenhuma entretanto a impressionava.Levantou e jogou-se na cama, rolava para lá e para cá, sem nada fazer com que Santinha se inspirasse. Em tudo havia um defeito e sempre um talvez pairava em seus temas, Já não aguentava mais a tensão, precisava escrever e participar, pois era  de vital importância, era algo necessário às suas veias de escritora. Firmar-se perante alguns amigos. Foi até a cozinha, tomou um copo de café em seguida acendeu um cigarro - criando alma nova, voltou com uma ganância de agiota, mas não aconteceu nada, e novamente, se sentiu azarada, deprimida, humilhada consigo mesma.
Onde estariam aquelas idéias que sempre tivera mas na hora da necessidade não aparecia e ela precisava tanto agora? Nada... Santinha, entretanto não tinha temperamento dos que desanimavam logo de principio. Neste interim o irreal a consumia em devaneio constante e a realidade a acordava. Eis que surge a lâmpada para iluminar a sua idéia derradeira e, no afã do acontecimento, começou seu conto.... Era um dia como outro qualquer, Maria saiu de sua casa para o passeio costumeiro pela cidade  quando...



Daqui pra frente .............Dorothy

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